sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Laços de Alma



 Laços de Alma são prisões em que nossa alma se estabelece com outras pessoas ou até mesmo objeto, ou ações. São uniões, que na maioria dos casos ocorre fora dos laços da Palavra do Eterno de Israel.

Uniões são alianças, e alianças são:

Dic.: “s. f. 1. Ato ou efeito de aliar(-se).

 2. Acordo, pacto (Ajuste, contrato, convenção entre duas ou mais pessoas). 

3. União pelo casamento.”Alianças representam pactos, que são associações mútuas, de perdas ou ganhos entre as partes envolvidas. Tudo o que é de alguém passa a ser de outrem.

Tomemos o exemplo do casamento:

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” *Gn 2:24O Casamento é uma ligação entre dois seres, que mais do que física (em termos sexuais), é espiritual, e de alma.

Quando a Palavra de do Eterno diz, que ambos se tornarão uma só carne, eles se tornarão um só espírito e uma só alma.

A união entre dois corpos que acontece no ato sexual, estabelecendo e fixando a aliança do casamento, tem muitas implicações no reino espiritual. Se o ato sexual ocorre no casamento, está debaixo da bênção do Senhor. Agora se houve ato sexual pré-conjugal, ou extraconjugal, houve uma aliança entre as almas, estabelecida no ato do sexo sem a benção do Eterno neste caso debaixo de maldição.

As almas vão se ligando, em uma esfera espiritual sem a benção do Eterno, e vão se tornando uma debaixo de maldição, como se diz na Palavra do Eterno. 

A Bíblia diz:“Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.” *I Co 6:16-17.

Se uma pessoa tem ato sexual outra, fora do casamento, ela está ligando a sua alma com alguém que não foi estabelecida nos padrões celestiais. No casamento há essa ligação de almas, só que esta está dentro de uma aliança divina, assim, abençoada por Deus.

O que constitui um Laço de Alma?

Um laço de alma é constituído na vida de uma pessoa através de Relações Sexuais Ilícitas como, fornicação, prostituição, adultério, incesto, pedofilia, masturbação, lascívia, sensualismo e toda gama de sexolatria.

Outra coisa que constitui um laço de alma é abuso e molestação sexual. Aborto constitui laço de alma, tanto para quem pratica como para quem financia.

 Traumas, choques e lembranças, podem formar laços de alma.Palavras, ações, relacionamentos não-resolvidos, agressões, podem constituir laços de alma.

Toques, olhares e sensações podem constituir laços de alma.Objetos podem servir de ponto de contato para constituição de laços de alma.

A Dinâmica dos Laços de Alma

Tomemos o exemplo de duas pessoas virgens. Ambas se evolvem num ato sexual. Assim a alma dos dois está ligada.

1+1=2 Duas Almas ligadas

Agora, um destes dois, pratica outra relação com outra pessoa. A pessoa que pratica sexo com esta, além de se ligar com o seu parceiro sexual, se une ao antigo parceiro de seu parceiro.

Sendo assim:1 [o virgem] + 1 [quem já teve uma relação sexual =(1+1)] = 1 [o virgem] +1 [o parceiro] +1 [o antigo parceiro de seu parceiro] =3 Então 1+2=3 Temos 3 almas.

A pessoa não se liga apenas com o seu parceiro, mas com o antigo parceiro sexual de seu parceiro atual.

Assim funciona a dinâmica dos laços de alma relacionados ao ato sexual, que, as pessoas vão se unindo com as pessoas a quem praticam o sexo, e também vão “pegando” as almas de pessoas relacionadas ao passado sexual dos parceiros.

Lembrando que tudo isto num aspecto espiritual, e não místico. Não estamos falando de “fusão de almas”, nunca, mas sim de ligações, de elos, de amarras que mantêm pessoas presas umas nas outras.

Como no caso de pessoas que não liberam perdão sobre as outras, elas ficam “Amarradas”. Essas amarras são laços de alma.

Nos casos de ato sexual, o que manteve as pessoas presas umas as outras foi na certa resultado de pecados sexuais e inobservância da Palavra de Deus.

Como identificar um laço de alma
Identificamos um laço de alma na vida de alguém quando nós identificamos as áreas na vida dela que poderiam gerar laços de alma:

1. Checar área sexual (Relacionada a pecados sexuais e uniões sexuais ilícitas);
2. Checar se a pessoa não sofreu nenhum tipo de abuso sexual, físico ou emocional;
3. Checar área emocional (Relacionamentos mal-resolvidos, quando nota-se uma profunda ligação entre as pessoas no relacionamento);
4. Checar se a pessoa possui mágoas de alguém e não consegue liberar perdão;
5. Checar se a pessoa possui algum tipo de ligação exagerado com algum objeto pessoal, ou de valor sentimental;
6. Um luto muitíssimo demorado;
7. Depressão pode revelar laços de alma;
8. Alguma lembrança muito vívida na memória da pessoa como um olhar, um toque, uma situação, uma sensação;
9. Passividade e/ou falta de controle da Vontade revela algum laço de alma;
10. Relacionamento “pessoal” com entidades demoníacas.

Ministração para quebrar Laços de Alma

A pessoa deve se arrepender de ter praticado algum tipo de pecado que a tenha envolvido em um laço de alma, identificar esse pecado e pedir perdão por ter cometido o mesmo. 

Deve renunciá-lo.Se o pecado ou a situação envolver pessoas, ela deve orar, com o ministrador, no sentido:“...Em nome de Jesus, eu me arrependo de ter feito uma aliança errada com ... e agora, eu devolvo todos os pedaços da alma dessa pessoa e pego de volta os pedaços de minha alma.”

Se a pessoa tiver sido influenciada por outra pessoa ele deve liberar perdão na vida desta pessoa, e se, ela tiver influenciado, ela deve pedir perdão ao Senhor de ter cometido tal prática.

Casos como os de homossexualismo e lesbianismo sempre deixam laços de alma. A pessoa deve liberar perdão na vida de quem a influenciou e listar os nomes de seus antigos parceiros.

E de suma importância que a pessoa liste os nomes de pessoas com quem se envolveu em atos sexuais, até mesmo nos casos de homossexualismo. 

Nesta hora, pode acontecer algum tipo de bloqueio na memória da pessoa. Deve se orar então para a memória da pessoa ser liberada e para o Espírito Santo trazer a memória todos os nomes das pessoas envolvidas, mas se, mesmo assim, a pessoa não se lembrar, liste apenas o que forem lembrados e que ela mencione: ““... E todos os demais que não me lembro, mas que o Senhor conhece, eu os libero de minha vida de minha alma, pego de volta todos os pedaços de minha alma e devolvo os pedaços das suas almas em nome de Jesus.

“Notar-se-á uma mudança visível, quase instantânea após a ministração”. Em casos de aborto a mãe fica ligada a alma da criança e isso deve ser quebrado.

Exemplo de oração para ministração de Quebra de Laços de Alma

“Pai Santo no nome de Jesus, eu venho a ti para renunciar e rejeitar todo ato impuro que me envolvi, e que contrariou a tua Vontade, que trouxe consequências para minha alma”.
Senhor em nome de Jesus eu quero te pedir perdão por tais práticas (LISTE AS PRÁTICAS) e em nome de Jesus eu libero perdão par todas as pessoas que me influenciaram e peço perdão por ter influenciado tais pessoas (LISTE AS PESSOAS), agora em nome de Jesus eu devolvo todos os pedaços de almas de tais pessoas e pego de volta os pedaços de minha alma. 

Eu passo o sangue de Jesus agora sobre a minha vida e sobre a minha alma e ministro cura sobre o meu interior.

Agora em nome de Jesus, eu me desligo plenamente de tais pessoas. Eu sou livre, e libero tais pessoas. Pois a única ligação que há é entre eu e o sangue de Jesus.

Em nome de Jesus, eu libero tais pessoas e glorifico o nome do meu Pai Celeste. Amém”.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A FESTA DE HANUKÁ

Primeiramente, o que significa a palavra hebraica Hanuká? Hanuká  (ou Chanucá) significa consagração ou dedicação. Esta festa é também conhecida no meio judaico como Festa das Luzes. Em João 10:22, vemos Yeshua passeando no Templo na comemoração da Festa da Dedicação. Essa passagem é a única passagem bíblica no Novo Testamento que se refere à referida festa. Não encontramos esta celebração no Antigo Testamento porque o fato que deu origem a esta festa ocorreu no ano 162 a.C.

Contexto histórico

Vindo da Macedônia, o império grego expande-se de maneira significativa, conquistando desde o Egito, Oriente Médio, até a Índia. Depois da morte de seu grande Imperador, Alexandre (336-323 a.C.), vários generais lutam pelo controle do Império. O imperador selêucida, Antiochus Epiphanes (175-163 a.C.), conquista o domínio sobre a região do Oriente Médio e investe fortemente contra toda a região da Judéia, impondo os costumes, as tradições, a religião e o pensamento grego Helenístico. Para os judeus, ele proíbe a circuncisão, a observância do Shabat, todas as restrições de comida (Kashrut), e estipula que apenas porcos poderiam ser sacrificados no Templo. Ele mesmo, num gesto de desrespeito e profanação, oferece um porco como sacrifício a Zeus, no interior do templo, no Santo dos Santos. Todos os utensílios do interior e exterior do templo são retirados, e o local passa a ser mais um templo do deus grego Zeus.
É interessante frisar que a cultura e o pensamento grego eram muito bem aceitos pelos povos dominados. O culto à mente humana, aos pensamentos filosóficos revolucionários e modernos eram vistos como expressões de uma cultura extremamente mais desenvolvida. Com exceção de Israel, o pensamento e os costumes helenísticos eram aceitos, quase em sua maioria, de maneira espontânea e não obrigatória, já que um dos aspectos gregos de domínio era a não imposição da sua religião. Os povos dominados eram todos politeístas e a aceitação de um ou mais deuses de uma cultura muito mais avançada não representava grande problema. Mas, é claro, com a nação de Israel não foi assim. Os judeus sempre foram um povo distinto e separado das outras nações pelo fato de crerem em um só Deus e de terem mandamentos, estatutos e ordenanças específicos. Por este motivo, o domínio grego em Israel foi bem mais brutal e violento.
Certo dia, um oficial sírio ordena que Matitiahu Ha Macabí (Mateus, o Martelo ou o Macabeu), cabeça de uma importante família de sacerdotes do Templo, oferecesse um porco no altar. Matitiahu, juntamente com seus cinco filhos, dão início a uma revolta judaica, matando o oficial sírio e todos os seus soldados. Sob a liderança de Matitiahu, outros judeus aderem à revolta. Por oito anos o exército dos Macabeus lutou pela libertação de Jerusalém e de Israel. Após a morte de Matitiahu, seu terceiro filho, Yehuda Há Macabí (Judá, o Macabeu), assume o controle da revolta e leva o exército dos Macabeus à vitória sobre o exército grego-sírio no ano de 165 a.C.


Yehuda ha Makabi (Judá o Macabeu) lidera seu grupo contra as tropas gregas, libertando Jerusalém

O Milagre

Livres então do domínio e da ocupação do exército grego-sírio, os macabeus dão início à purificação do Templo em Jerusalém. No dia 25 do mês de Kislev, no ano 162 a.C., eles realizam com grande celebração a rededicação do Templo com a consagração de um novo altar. O chamado ner tamid (fogo eterno) foi novamente aceso na menorá, o grande candelabro de sete pontas do interior do templo. Mas o óleo de oliva consagrado para queimar na menorá era suficiente para mantê-la acesa por apenas um dia e levaria no mínimo uma semana para se preparar mais óleo Então, por um milagre do Deus Todo Poderoso, o fogo na menorá continuou queimando por mais 8 dias, tempo necessário para a preparação do novo óleo, conforme o relato no livro de II Macabeus.
Alguns rabinos e autoridades judaicas consideram como sendo milagre não só os oito dias da queima do óleo na menorá do interior do Templo, mas também a vitória do exército dos Macabeus sobre o poderoso exército sírio-grego. Eles lembram que o exército dos Macabeus era, em sua maioria, composto por sacerdotes, os quais não possuíam experiência em batalhas, armas ou táticas de guerra. Eles se refugiavam nos montes e nas cavernas ao redor de Jerusalém e atacavam de noite, sob a forma de ataque surpresa em diferentes pontos da cidade.

A Festa para os judeus

Desde então, os judeus celebram a chamada Festa da Dedicação (ou festa de Hanuká) todos os anos durante oito dias, representando os oito dias do milagre do fogo no Templo. O maior símbolo de Hanuká é o candelabro de nove pontas – a Hanukía, como é chamada. A Hanukía possui oito velas e uma vela central, mais alta que as outras, chamada de Shamásh (servo), com a qual todas as oito velas são acessas, uma a cada dia. É costume judaico colocar a Hanukía na janela das casas, de maneira que todos possam vê-la e se lembrar do milagre.
Também é comum, nas noites de Hanuká, a comunhão familiar e entre amigos. O uso de jogos durante Hanuká surgiu na Idade Média, quando os judeus eram proibidos de guardar as tradições e as festas. Eles então, durante as festas, utilizavam de variados jogos, para que se alguém estranho os visse, não desconfiasse de que se tratava de judeus realizando alguma cerimônia. Dentre estes jogos, os mais usados eram a Dama e o Dreidel (dado). Este último era muito utilizado durante Hanuká e acabou por se tornar um dos símbolos da mesma. No Dreidel, tem-se um dado de 4 faces, e em cada face uma das seguintes letras do alfabeto hebraico: nun, guímel, hêi e shin, que são as iniciais da frase: (Nés gadól haiá shâm) “Um grande milagre ocorreu lá!”.

A Hanukía (candelabro de 9 pontas) se tornou o símbolo da Festa de Hanuká
Os judeus celebram esta festa expressando a alegria de serem judeus, o povo escolhido por Deus.

Significado desta festa para os discípulos de Yeshua

Os seguidores de Yeshua têm bons motivos para celebrar esta festa bíblica, se assim o desejarem. O tema principal de Hanuká é a re-consagração do Templo, e I Co. 6:19-20, relata que os nascidos de novo, são o Templo do Espírito Santo e co-herdeiros em Yeshua das promessas de Abraão (Gl. 3:29).
Nesta celebração, nós  temos a oportunidade de nos re-consagrarmos, re-dedicando nossas vidas integralmente ao Eterno. Não que precisemos de um dia específico para uma re-consagração. Afinal, estamos debaixo da graça do Eterno. Mas, trata-se de uma oportunidade na qual podemos celebrar esta data, alegrando-nos coletivamente por termos sido salvos, agradecendo a Deus por este privilégio, enquanto tantos ainda perecem separados do Eterno. Apesar de sermos a luz do mundo, vivemos em um mundo que jaz em trevas, que muitas vezes nos contamina, exercendo sobre nós todo tipo de influência negativa. Então, neste dia sentimos a liberdade de fazer nossa re-consagração, declarando coletivamente que somos livres de qualquer peso e jugo em Yeshua Ha Mashiach. Se meditarmos um pouquinho sobre quantas vezes pecamos quando comemos, bebemos, ouvimos e vemos o que não deveríamos, ou quando tocamos em coisas que não deveríamos tocar, etc., encontraremos muito sentido em nos re-consagrarmos. Arrependemo-nos, então, e consagremo-nos ao Eterno de Israel. Elohim nos dá a santidade, mas quem decide manter-se em santidade somos nós.
Lembremo-nos dos livros de Esdras e Neemias quando reconstruíram o Templo. A primeira coisa que eles fizeram foi reconstruir o altar, depois o Templo propriamente dito e, finalmente, os muros. Em outras palavras, não se consagra o Templo sem que se passe primeiro pelo altar de sacrifício, local de arrependimento e de santificação.
Isto também se aplica a nós. Primeiro, passamos pelo “altar” do Senhor nos arrependendo. Depois, sim, re-consagramos nossa vida, santificando-nos e nos purificando. Toda esta dedicação do nosso corpo (o “Templo”) ao Senhor só pode ser feita por meio do Espírito Santo, simbolizado pelo óleo que é multiplicado, derramado em nossas vidas, revelando a pessoa de Yeshua Há Mashiach. Assim como o azeite colocado na Menorá (candelabro de 7 pontas) ou na Hanukía (candelabro de 9 pontas) era puro, sem cheiro e sem fumaça quando queimado, assim também deve ser nossa vida para Adonai. Para nós é uma “mitzvá”(mandamento) ter que brilhar e reluzir graciosamente a beleza da natureza de Elohim em nós por meio de Seu filho Yeshua.
Agora, entendendo um pouco mais sobre a Festa da Dedicação, podemos celebrá-la alegremente nosso culto de Ação de Graças (I Te: 3:9).
Hag Hanuká Sameach! Feliz Festa de Hanuká!

Fonte de estudo: http://ensinandodesiao.org.br
                         Algumas alterações feita por mim do texto original.