quarta-feira, 20 de abril de 2016

OS PRIMEIROS E OS ÚLTIMOS APÓSTOLOS




A restauração dentro da igreja continua a crescer, apesar dos intervalos aparentemente demorados entre as ondas. Quase sem ser percebido, ano após ano, dia após dia, Deus prossegue com precisão inexorável no seu programa de atrair a si próprio todas as coisas, inundando a criação com o seu amor.

Em um período de trezentos ou quatrocentos anos até chegar à penumbra da "idade escura" na história da igreja. Em seguida ela se acomodou no conforto duvidoso da religião formal. Porém, durante os últimos quatro séculos, no final desta era, os ventos de luz e revelação estão soprando novamente, tão fortes como antes. A enchentes poderosas do seu amor estão novamente inundando vidas secas e vazias.

Estes surtos de bênção foram iniciados quando os grandes tradutores da Bíblia se puseram a trabalhar, colocando suas vidas em perigo a fim de dar a palavra de Deus às multidões uma linguagem inteligível e compreensível. Isto desencadeou logo a revelação de uma série de verdades gloriosas, tal como justificação pela fé, santidade, responsabilidade social, o sacerdócio de todos os cristãos, o batismo no Espírito Santo e recentemente a verdade com respeito ao corpo de Cristo e à estrutura da igreja. Não é necessário estudar muito tempo para descobrir que o processo desta restauração é semelhante ao declínio e decadência da igreja, sem sentido contrário. Nos últimos três ou quatro séculos temos recuperado grande parte do terreno que havia sido perdido.

A perda de autoridade na igreja primitiva, ou a autoridade sendo colocada nas mãos das pessoas erradas, produziu divisões, que resultaram por sua vez num esvaziamento de poder. Consequentemente as necessidades do corpo e da alma não podiam mais ser solucionadas, e os milagres cessaram. O brilho do sol do evangelho foi obscurecido pelas nuvens da apatia, e do mundanismo que se infiltrava nas vidas dos santos. Até mesmo as Escrituras foram enterradas sob as palavras de uma língua morta que, tal qual folhas caídas do outono, ocultam a vereda da verdade. Somente uma linha fina de graça, envolvida amorosamente em torno de alguns poucos corações acesos, traçava o caminho em frente, ao longo do inverno de apostasia.

Se ignorarmos estes fatos, e sentarmos apaticamente de lado, esperando para ver o que Deus fará depois, como algum "profeta de poltrona", negaremos nossas responsabilidades cristãs. Precisamos corresponder ao perdão de Deus estendido a nós por nossa culpa em tudo isto, e assim se tornará nosso prazer buscá-lo novamente até que ele derrame o Espírito em chuvas serôdias (Os 10:12). Oséias 10:12 - Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós. O Senhor Jesus sempre sai ao encontro de almas famintas e sedentas com sua graça renovadora,  (Mt 5:6). Firmemos nossos corações, portanto, na posição de restauração. Resolvamos, pela fé, prosseguir com Deus, custe o que custar. Assim começaremos a ouvir o que o Espírito está dizendo à nossa geração. Com seu auxílio descobriremos meios práticos de aplicar a verdade às nossas famílias e grupos de comunhão.

Quando a igreja nasceu no dia de Pentecostes, o Senhor havia criado uma estrutura delicada para sustentar o corpo, e permitir o crescimento. Ele queria um homem maduro com o qual pudesse completar a obra de edificar os reinos dos céus na terra. Ele queria um povo unido que, assim como o seu próprio Filho, o obedecesse e o servisse com fidelidade, a fim de manifestar o seu amor a um mundo que caminhava para a morte. A estrutura não foi alterada. O Senhor está operando neste instante para nos trazer à mesma vida e modelo que os cristãos primitivos possuíam. Ele deseja que nós avancemos além daquele ponto, a uma plenitude que nunca foi experimentada pela maioria.

Com relação à restauração, o que desapareceu primeiro tornará a aparecer em último lugar, a fim de cumprir o plano celestial. Jesus é, ele próprio, evidentemente, tanto o Primeiro quando o ultimo; o Alfa e o Ômega (Ap 1:11); o Autor e o Consumador (Hb 12:2); o Alicerce e a Pedra Superior (1 Co 3:11; Mt 21:42). Aquele que deixou a cena de ação primeiro será o último a voltar; é seu privilégio e nosso gozo, e aguardamos esperançosamente este grande acontecimento.

Logo depois de si próprio, Jesus colocou "primeiro" os apóstolos (1 Co 12:28); quando estes homens morreram, eles deixaram um vácuo de autoridade no qual entraram homens errados. Os presbíteros, ou bispos, (Lideres) das maiores congregações se fortaleceram cada vez mais, preenchendo a posição que até então pertencia aos apóstolos. Uma organização central emergiu preparando o caminho para um líder central, ou papa. Estes bispos não foram concedidos por Cristo à igreja (Ef 4:11), nem receberam dons para seu trabalho, e assim a decadência iniciou-se, sendo seguida por centenas de anos de escuridão. Apesar de tudo isto podemos louvar ao Senhor, porque enfim o seu povo começa a ser preparado novamente para receber o ministério apostólico que lançará os alicerces da última casa, cuja glória excederá a da primeira (Ag 2:9). O Espírito da verdade tem sido acolhido, e podemos estar certos de que ele nos guiará a toda a verdade (Jo 16:13).

Portanto, os apóstolos vêm em primeiro lugar, e também no fim, como arquitetos peritos que têm visto as plantas, e são dotados por Deus com a capacidade de edificar a sua obra nas bases certas, com a contribuição e alinhamento dos outros ministérios, que juntos exercem o ministério de Cristo, o dom de Cristo (Ef 4) 



Fontes: Biblia sagrada
             Livros, estudos na net.   
             Ruach Ministries International
                        Dr Graham Perrins

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